Paulo Semblante Mendes é o curador do Caminho das Artes, uma mostra que reúne dezenas de trabalhos de fotógrafos amadores, convidados a exporem imagens em grande formato ao ar livre, penduradas em varandas de algumas ruas do centro de Santarém. Organizou ainda a exposição Re.in.contros, com trabalhos de 11 autores, patente na Galeria In.Focus, na Rua 1.º de Dezembro, na zona conhecida como Canto da Cruz. Tudo isto no âmbito do projecto Verão In.Str…é um espanto!, a decorrer até ao final de Setembro pelo centro histórico da cidade
Como nasceu esta ideia que transformou as ruas da cidade numa galeria conhecida como Caminho das Artes?
A ideia partiu de um convite pessoal para expor algumas das minhas fotos no âmbito do In.Artes. Sendo a primeira edição do evento para a área da fotografia, optou-se que, havendo tantos conterrâneos a fotografar, porque não constituir um “colectivo” amador que proporcionasse olhares diversificados sobre o tema proposto para 2016 - Santarém. Assim, reuniu-se um conjunto de 15 fotógrafos amadores escalabitanos, todos eles conhecedores da sua cidade, dando génese à exposição In.Focus que esteve patente de 16 de Julho a 23 de Setembro de 2016.
O Caminho das Artes, não sendo uma ideia nova, foi uma proposta do Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Santarém. Constituiu-se como uma oportunidade de aproveitar e divulgar outros trabalhos fotográficos, dentro do mesmo tema, desses 15 elementos e expô-los nas varandas do nosso centro histórico, constituindo-se assim, como uma grande exposição de rua.
Qual o critério da escolha dos fotógrafos convidados a exporem os seus trabalhos?
Bem… se gostar de fotografia e ser amador é critério, esse o será desde a primeira hora para ambas as exposições. Claro está, existe e exige-se algum bom senso relativo à qualidade das imagens disponibilizadas. Até ao momento tem-me sido dada a liberdade de escolher os elementos a convidar, com muita pena minha, sei que muitos outros não estão, ou porque não responderam ao convite ou por declinarem o mesmo.
Em 2016, foram 15 elementos, este ano já são 30 e espero que cresça o motivo e o interesse em participar. Que fique claro que não há intenção de ser um grupo fechado, prova está no aumento de elementos a participar nesta edição do Caminho das Artes de 2017. Ainda há bem pouco tempo surgiram propostas de colaboração de mais três elementos que se mostraram interessados em participar e foram convidados a juntarem-se aos demais.
Qual a temática da presente edição do Caminho das Artes?
O tema proposto para o Caminho das Artes este ano é o Ribatejo. Para além dos elementos do “colectivo scalabitano”, foram convidados outros fotógrafos ribatejanos pertencentes a um grupo de fotografia. Num total de 30 elementos, perspetiva-se, um olhar global sobre região, onde, o Tejo, a Lezíria e o Bairro, os Costumes e Tradições estejam presentes através das 60 imagens a expor.
Considera Santarém uma cidade fotogénica?
Atendendo aos mais de 800 anos de história e à sua monumentalidade, a sua situação geográfica privilegiada (altaneira sobre o Tejo), a sua malha urbana com ruas, recantos e ruelas, a arte azulejar quer urbana quer religiosa, as suas festividades culturais religiosas e etnográficas… claro que sim. Que, também, com a nossa participação no In.Artes, possamos de algum modo contribuir para fotogenia e grandiosidade desta nossa cidade secular e da nossa região que é o Ribatejo.
Entrevista de Carlos Quintino, originalmente publicada no site do projecto Verão In.Str...é um espanto!
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