Está a decorrer em Santarém uma das maiores mostras a nível nacional das populares construções em Lego, na Casa do Campino, até ao feriado da próxima segunda-feira, 25 de Abril.
O ’Santarém Fan Event for Lego Lovers’ abriu ao público no passado dia 16 de Abri e é “uma das maiores exposições do país, quer em termos de diversidade de temas, quer da quantidade de construções originais”, garante Vasco Serranho da AquaLug, um grupo de construtores de Lego, responsável por trazer pela primeira vez a Santarém uma mostra deste tipo.
O recinto da exposição acolhe, seguramente, milhões de peças de Lego que dão forma às mais variadas figuras e construções. Desde o imaginário criado por Walt Disney, passando por recriações de cenários de cinema, como a Guerra das Estrelas, até inúmeras réplicas de monumentos de todo o Mundo, cenários medievais, mares com piratas, guerreiros vikings, índios e cowboys, o mundo ferroviário ou o quotidiano do antigo Egipto.
No que toca a Portugal, para além de motivos regionais, com os inevitáveis touros e campinos a cavalo, há construções de alguns dos mais reconhecidos edifícios do país, existe um espaço dedicado ao dia 25 de Abril, com reproduções do Terreiro de Paço e do Quartel do Carmo, em Lisboa, ou mesmo a antiga Escola Prática de Cavalaria e o local onde se encontra a estátua que homenageia Salgueiro Maia, ambos em Santarém.
Santarém às peças
O resto da cidade não foi esquecida e é possível encontrar réplicas da estação de comboios, na Ribeira de Santarém, das fachadas dos edifícios da Câmara Municipal e do mercado municipal, parte do Jardim das Portas do Sol, com o desaparecido lago, ou a simbólica Torre das Cabaças.
“A Torre das Cabaças está construída há nove anos à espera de uma grande exposição em Santarém, prometi a mim mesmo que ela só viria a público num evento destes”, revela Vasco Serranho, 36 anos, natural do Vale do Santarém, também músico na Orquestra Típica Scalabitana, onde toca bandolim, e dinamizador do clube de dança Jardim de Tango. “Em todas as exposições tentamos sempre ter uma componente dos sítios onde estamos”, mas “no caso de Santarém é algo especial porque sou de cá”, acrescenta.
“O mercado municipal foi um segundo desafio, era um sonho já que o vejo como uma das construções mais bonitas do mundo e o edifício civil mais emblemático da cidade. É aquele que também melhor retrata a vida daquele tempo e é um monumento postal fantástico”, diz. Foi ainda a sua primeira construção com iluminação, para além de não afastar a ideia de tentar erguer todo o edifício numa escala superior no futuro.
Vasco construiu também uma parte do Jardim das Portas do Sol, com um lago que desapareceu após trabalhos de requalificação do espaço, em 2009. “Há muitas pessoas com saudade daquele lago, é curioso ver os pais explicarem como era o Jardim e as crianças perguntarem quando o poderão visitar”, salienta. Do mesmo local, recriou ainda a actual cafetaria a pedido dos proprietários, um dos patrocinadores da mostra de Lego, com a condição de o puderem exibir no local. Foi o seu primeiro trabalho por encomenda.
Vasco começou a juntar peças de Lego com seis anos: “a minha colecção nunca parou, apesar de um período mais refreado”, quando frequentou Informática de Gestão, na Universidade do Minho. A paixão “não desapareceu e nunca me desliguei completamente “, reconhece. A partir de 2004 descobriu as associações de coleccionadores que “estavam a começar na altura em Portugal e foi ai que tive um grande boom na minha construção”, conclui.
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