Com espetáculos no renovado Mercado Municipal e uma exposição sobre o homem que criou o Festival, a edição do FITIJ de 2025, oferece muito teatro e circo ao longo de uma semana intensa.

 

Santarém e Almeirim recebem entre 29 de Setembro e 5 de Outubro a 20.ª edição do Festival Internacional de Teatro e Artes para a Infância e Juventude. O FITIJ/FITAIJ conta este ano com artistas vindos de cinco países: Argentina, Brasil, Espanha, Estónia, França e Portugal, que irão passar por escolas e palcos de Santarém e de Almeirim.

 

Mantendo orientações dos últimos anos, o Festival oferece espetáculos relacionadas com as artes de rua e de marionetas, muito alinhadas com a oferta escolar, para além de espetáculos mais orientados para as famílias e jovens, durante o final da semana. Haverá ainda aulas de pintura para crianças e jovens, a partir dos três anos de idade, com o Projeto VikArte, orientado pela artista Viktoria Sydorenko, bem como ações de rua com grupos escalabitanos, como os EnXamula e os utentes da APPACDM.

 

Para esta edição, a organização conta que “tentamos trazer espetáculos com tecnicidades e estéticas pouco habituais na cidade: a dança vertical, por um grupo espanhol, que deve ser a primeira vez que acontece na cidade”, numa parede do centro comercial W Shopping, ou ainda “o mastro chinês, com João Paulo Santos, precursor desta técnica, que incorpora um tempo dilatado num espetáculo de força, equilíbrio e vertigem, que evidencia o espaço restaurado do Mercado Municipal, local que, pela primeira vez também, recebe espetáculos”, revela.

 

Da Estónia vem ainda Anna Krazy, com a uma performance de rua, “na qual vai tecendo os nós duma rede escalabitana, através das danças em que a nossa vida é vista com outros olhos solidários; e não podemos esquecer o renomado espetáculo Anónimos, da Cia Rauxa/Catalunha, em que uma inovadora e singular marioneta atua só, em namoro com um humano, contando uma história real dos nossos dias”, acrescenta anota de Imprensa do Festival.

 

A direção do evento deixa igualmente uma “chamada de atenção, mais uma vez, para o tempo que nos desgasta, sobretudo pela ausência do fundador desta iniciativa, Carlos Oliveira (Chona), que voltamos a referenciar quatro anos depois, através de uma exposição sobre aspetos da sua vida”, patente no primeiro piso do W Shopping, “enfatizando os sorrisos que o Chona estimulou em várias gerações de escalabitanos”.

 

O primeiro FITIJ aconteceu em 1993, e alternou com outras atividades anuais, como a Bienal de Palhaços, tendo sido ainda forçado a alguns interregnos por dificuldades que foram sendo contornadas.