A Barragem de Magos, no concelho de Salvaterra de Magos, vive dias perigosamente tóxicos e mortais. As fotos de Ana Filipa Scarpa, captadas a 30 de Agosto, mostram bem o estado de poluição que tem contaminado esta pequena albufeira, em tempos um local de obrigatória romaria para qualquer família das redondezas.
Para além da seca que afecta o território nacional, e do calor que potencia a profiferação de algas, “os dejectos de suínos são uma realidade que pode ser vista e investigada na parte sul da albufeira”, denunciou no passado dia 5 de Setembro, o jornalista José Peixe, responsável pela página Notícias de Salvaterra. “Existem peixes mortos nas margens. E a água cheira mal e tem uma cor verde nojenta. O pior de tudo. As pessoas continuam a pescar neste esgoto a céu aberto.”, acrescenta.
As imagens de José Peixe, registadas na passada sexta-feira, dia 4 de Setembro, testemunham igualmente "uma calamidade e uma catástrofe ambiental sem precedentes", que, apesar das semelhanças, não foram obtidas no "Sertão, nem Nordeste brasileiro", mas naquela que "foi a praia da minha adolescência", recorda.
ACTUALIZAÇÃO | 9 de Setembro
A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos divulgou ontem, 8 de Setembro, um comunicado onde diz ter procedido a uma “verificação “in loco” da situação, agravada pela escassez de água” na Barragem de Magos.
Como resultado, a autarquia contactou a Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, proprietária da Albufeira de Magos, alertando “para o estado da água e do espaço envolvente”.
O município informou ainda a Agência Portuguesa do Ambiente, “enquanto Autoridade Nacional da Água e da Segurança das Barragens e a quem compete nomeadamente, assegurar a protecção, o planeamento e o ordenamento dos recursos hídricos”.
Da mesma forma, foi também “dado conhecimento ao Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA/GNR), a quem cabe zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes a conservação e protecção da natureza e do meio ambiente, dos recursos hídricos, dos solos e da riqueza cinegética, piscícola, florestal ou outra, previstas na legislação ambiental, bem como investigar e reprimir os respectivos ilícitos”, diz o mesmo texto.
Por último, acrescenta, que, “perante as competências da Câmara Municipal, cabe-nos o dever de alertar e pressionar os responsáveis pela gestão e fiscalização para que prestem os esclarecimentos necessários, em tempo útil”.
informações legais
A marca e o sítio estão protegidos por direito de cópia (© Copyright). A proveniência de textos, imagens, som, vídeos e outros conteúdos do sítio foram cedidos pelos seus proprietários de forma livre e legal. Consulte a política de privacidade.